Na semana passada, a fisiologia da depressão e os ensinamentos cristãos foram os temas abordados. Ratificamos, na oportunidade, que o elevado grau de egoísmo pode causar a eclosão da patologia, pois o doente deseja a conversão do mundo à vontade dele.
No mesmo diapasão, avultamos que o melancólico deve alterar o tônus do pensamento, por conseguinte, da energia que emana. E o que fazer para mudar esse status quo finalizou nosso segundo encontro.
Hoje, falaremos como pode ser superada a doença que, segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde– OPAS – atinge mais de 300 milhões de pessoas de diferentes idades mundo a fora.
Praticar a justiça, o amor e à caridade. Estamos diante do trinômio infalível para superar o vazio existencial que atormenta o depressivo. Lembrando que somado a esse exercício permanente, o paciente não pode olvidar ou interromper o tratamento médico.
Ai você vai perguntar: Justo? Coletivo? Caridoso? Por quê? Qual a relação da chamada “doença da alma” com as palavras acima elencadas?
A resposta é simples. Tudo. O ser humano precisa buscar um sentido existencial não alicerçado no materialismo e distanciamento das lições de amparo ao próximo.
Se bem formos analisar, a primeira revelação divina veio com Moises. A lei mosaica do olho por olho e dente por dente era alicerçada na intransigente, em outros termos, na exteriorização da justiça. No entanto, para tornar a legislação mais flexível, eis que surge o amor.
A paridade brotou do entendimento que a reprimenda aos que desconheciam o ensino moral, intelectual e espiritual não poderia ser similar àquele que tudo teve. Porém, também não fora suficiente.
Foi então que Cristo adveio à carne para demonstrar a força desse sentimento que é libertador. Logo, a terceira revelação foi anunciada e o modelo mais importante passou ser pluripessoal – a caridade.
Agindo assim haverá alteração no “eu”, ocasionando a sonhada mudança no eixo cerebral. As criaturas precisam si conhecer, e não estamos falando do físico, pois é através do autoconhecimento que virá a compreensão que somos falíveis e necessitamos de melhoramento.
E o pior é que muitos têm esse entendimento, porém falta o essencial- viver à coletividade. O indivíduo quer sempre o melhor, esquecendo-se que pós morte não levará nada adquirido por cá, exceto o bem colecionado.
Cada sentimento de ódio e rancor reflete no corpo, nas disfunções orgânicas, principalmente, as enfermidades ligadas ao emocional. A terapia da gratidão e do amor está ausente na terra.
Analisando o paciente e suas especificidades, com base nas centenas de horas de leitura sobre o tema, a ilação é lógica.
O enfermo de hoje já percorreu várias transmigrações da alma, mudando a corpulência sem conseguir alterar o pensar, arrastando-se pelas fileiras do desgosto exatamente por desconhecer-se e não saber conviver conjuntamente.
Vivemos faixas distintas de evolução, contudo como e o possível regresso vai depender do agir de cada um. E de forma pedagógica vamos citar alguns exemplos.
Conforme o proceder, os ricos poderão não mais ter abastança, hipoteticamente, o ladrão será vítima, tendo que devolver o que afanou da pior forma, enquanto o suicida talvez regresse mutilado ou em estado vegetativo, pois aquele ato limitará a encarnação vindoura, e se assim não for, provável que repita o gesto transloucado.
Conclui-se que as nossas escolhas refletirão agora ou na próxima existência. O bem e o mal terá uma consequência. A vida é de bônus e ônus, causa e efeito.
Aqui estamos para educar, sermos educados e nunca converter, daí o propósito da difusão desse conteúdo informativo.
Sofremos não porque desejamos, mas, sim, pelo desconhecimento da verdade dos vernáculos. Às vezes até temos acesso, apesar disso, o eco não é suficiente para que o significado floresça.
Mudamos consoante o estado evolutivo. Era e dessa forma continua sendo. Desejamos similitude na forma de pensar, entretanto só falar não será capaz de operar a modificação.
E o que isso quer dizer? Se não desejarmos alcançar uma variante distinta do aqui exposto, embora a sapiência não se perca, pois nada usado para fazer o bem é em vão, o tormento irá aflorar e a reflexão será feita, infelizmente, em meio à dor.
Vamos novamente exemplificar: Os que comem em demasia adoecerão. Ao procurar um especialista, além dos males que pode levá-lo a óbito, a mudança nos hábitos alimentares também lhe será informado. Deste modo são os enfermos da mente, devem alterar o modelo de vida para ceifar o calvário que não conseguem explicar.
É preciso que através dos vocábulos possamos entender a mensagem, ressaltando, todavia, que não basta a simples compreensão, precisa internacionalizar e vivenciar, concomitantemente, pois se desta maneira não for será inócuo frequentar templos e igrejas.
A religião não modifica o ser, tão somente mostra o caminho a seguir. A metamorfose é uma escolha de cada um. Aqui encerramos o bate papo desta semana com a certeza que logo nos reencontraremos. Até breve!!
Por: Itamargarethe Corrêa Lima- jornalista- radialista-advogada, pós-graduada em Direito Tributário, Penal e Processo Penal, pós graduanda em Direito Civil, Processo Civil e Docência do Ensino Superior.