Uma declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta segunda-feira (7), ao participar das solenidades de posse dos novos presidentes do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF), deixou os dirigentes dos principais clubes do futebol brasileiro em estado de alerta. Patrocinados pela Caixa, essas agremiações correm risco de ficar sem a verba do banco oficial.
Ao anunciar que todas as operações da Caixa seguirão critérios técnicos e não será tolerada a compra de influência por “piratas privados”, Paulo Guedes, disse que “às vezes, é possível fazer coisas cem vezes melhores com menos recursos do que gastar com publicidade em times de futebol”.
Ele não deu detalhes se o governo pretende encerrar os patrocínios que teve em vários times do Brasil, como Flamengo, Corinthians e até mesmo o Sampaio Corrêa, na temporada passada.
Uma das principais fontes de receitas dos clubes de futebol de todo mundo, o patrocínio dos uniformes é um tema sensível nos quatro grandes clubes, que entram em situação delicada em 2019. No Rio de Janeiro, por exemplo, sem a Caixa, os times perdem R$ 35 milhões e iniciam a temporada sem qualquer perspectiva.
Para o TCU, esses contratos “não se constituem em serviço de natureza contínua”. Este acórdão complicou a vida de clubes que dependem dos recursos da Caixa, mas não poderão contar com o recurso.
O Sampaio conseguiu receber patrocínio da Caixa, depois de muitos de negociação, em 2018, numa operação que envolveu os deputados Roberto Costa (estadual) e João Marcelo (federal) e o senador João Alberto de Souza. O clube, que foi rebaixado da Série B para a Séria C, ainda não anunciou se vai contar com esse patrocinador.
(Com dados do UOL), por Aquiles Emir via Maranhão Hoje