A ASPA/MA (Associação de Pais e Alunos de Instituições de Ensino do Estado do Maranhão), neste fim de semana, sugeriu através de uma Carta Aberta um Plano de Segurança nas Escolas.
A solicitação aconteceu após um novo ataque a escolas no Brasil, desta vez na cidade de Aracruz, no Espírito Santo, que culminou com quatro mortes e dez feridos. Veja abaixo a Carta Aberta emitida pela ASPA/MA e assinada pelo presidente da entidade, Rodrigo Guará Nunes.
A Associação de Pais e Alunos de Instituições de Ensino do Estado do Maranhão – ASPA/MA, parte integrante da comunidade escolar do Maranhão entende que é HORA DE EXIGIRMOS O PLANO DE SEGURANÇA DAS ESCOLAS!
Com grande pesar, mais uma vez, os estudantes e profissionais da educação tiveram as suas vidas ceifadas dentro do ambiente escolar, onde até pouco tempo parecia ser o mais seguro para todos, o que gera muita preocupação.
Assim como o caso das escolas de Realengo – RJ e de Janaúba – MG, Saudades – SC e agora Aracruz no Espírito Santo faz parte das cidades em que atos criminosos mancharam a história da comunidade escolar. Em todos os casos os criminosos adentraram, sem dificuldades, a porta de entrada da escola, para cometer as chacinas, ceifando as vidas de al e professores, chocando e trazendo temor a sociedade brasileira.
Estas situações trazem um sinal de alerta e uma pergunta que não quer calar: Seriam as nossas escolas preparadas para proteger estudantes, professores de situações de riscos?
Sabemos que vivemos novos tempos, mas muitas escolas ainda estão presas a modelos do passado e as autoridades do nosso Estado ainda não abriram os olhos para os riscos iminentes de sermos os próximos a enfrentar uma tragédia. Não se pode conceber que pessoas tenham acesso ao interior das escolas sem se identificarem, precisamos ter estratégias para garantir identificação de todas as pessoas que entram nas escolas e garantir a seguranças daquelas que lá estudam ou trabalham.
Assim, diante destes alertas precisamos trazer este tema para uma grande discussão e, seguindo o exemplo de outros Estados brasileiros, a exemplo de São Paulo e do Pará, elaborarmos um Plano de Segurança Escolar, em que se contemple os diversos riscos e as medidas a serem adotadas em caso de ameaça ou violência, pois somente com ações planejadas e coordenadas, capacitação do corpo técnico e resposta rápida e integrada com os agentes públicos de segurança é que a comunidade escolar poderá proteger a si e seus estudantes.
Devemos garantir que todas as escolas brasileiras tenham porteiros e dispositivos de segurança para identificar todas as pessoas que entram e que saem da escola. Ademais, assim como a Proposta Pedagógica das escolas é documento obrigatório para autorização de seu funcionamento, os conselhos municipais e estaduais de educação poderiam também exigir o Plano de Segurança como documento obrigatório para funcionamento das escolas.
Desta forma, esta Associação de Pais conclama todas as autoridades do nosso Estado e a comunidade escolar como um todo (pais, estudantes, escolas e professores) a iniciarem esse projeto de regulamentação e da obrigatoriedade do Plano de Segurança Escolar, evitando perdas irreparáveis.
Finalizamos, nos solidarizando com todas as famílias que foram vítimas destes atos lamentáveis pelo Brasil e que as perdas sirvam de alerta para que as medidas necessárias sejam adotadas de forma urgentemente.
Por Jorge Aragão