O conselho político da transição definiu nesta sexta-feira (11), em sua primeira reunião, que a PEC da Transição tratará somente da excepcionalização dos recursos destinados ao pagamento do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que coordena o conselho, anunciou o texto como “PEC da Bolsa Família”, e afirmou que a excepcionalização de outras áreas estratégicas, como saúde e obras, não será tratada no texto.
“Não é a PEC da Transição, é a PEC do Bolsa Família” disse Gleisi em coletiva de imprensa após o encontro do conselho político, formado por representantes de 14 partidos. “O consenso é de excepcionalizar a totalidade do Bolsa Família. As demais questões serão discutidas no âmbito do Orçamento. A PEC será só para o Bolsa Família”, acrescentou. O objetivo do futuro governo é garantir o pagamento do auxílio no valor de R$ 600, mais um adicional de R$ 150 por criança com menos de seis anos.
O conselho político reuniu-se durante esta manhã no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde está sediado o governo de transição. Coordenado pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a equipe é composta por Eliziane Gama – Cidadania), Juliano Medeiros – PSOL, Carlos Siqueira – PSB, Daniel Tourinho Agir, José Luiz Penna – PV, Guilherme Ítalo – Avante, Antônio Brito – PSD, Felipe Espírito Santo – Pros, Jefferson Coriteac – Solidariedade, Wolney Queiroz – PDT, Wesley Diógenes – Rede, Luciana Santos – PCdoB e Floriano Pesaro – PSB, coordenador executivo do Gabinete de Transição. O representante do MDB, Renan Calheiros – MDB, não pôde participar por motivos de agenda, segundo sua assessoria.
Sobre o encontro, Gleisi o avaliou como positivo. “A transição é um processo de diagnóstico, não é propositivo. Não é onde nós estamos discutindo propostas de governo. A equipe de transição entregará, até 10 de dezembro, um relatório para o presidente e o vice-presidente eleitos. A estrutura e a organização do governo. O que foi desmembrado, o que foi anexado. Quais são os principais problemas, a situação da máquina do governo e as principais medidas emergenciais que precisam ser tomadas”, afirmou Gleisi.