O leilão de energia de reserva realizado nesta sexta-feira (30) terminou com a contratação de termelétricas apenas na região Norte, duas da ENEVA, e uma da GPE, sem deságio, mas que devem exigir 4,14 bilhões de reais em investimentos.
Não houve negociação para empreendimentos nos Estados do Piauí e do Maranhão, segundo dados da plataforma online da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que realizou o certame.
Mesmo para a região Norte, a contratação de potência ficou abaixo do esperado, com apenas 753,8 megawatts (MW) dos 1.000 MW inicialmente demandados pelo governo.
Os projetos da ENEVA demandarão investimentos de 3,36 bilhões de reais, enquanto o da GPE, 783 milhões de reais, segundo a CCEE.
Além da venda de potência, foram contratados 669,5 MW médios de energia que viabilizam uma garantia física de 710,9 MW médios. O preço médio foi de 444,00 reais por megawatt-hora (MW/h), sem desconto frente ao preço-teto estabelecido no edital.
A licitação online que aconteceu pela manhã, foi a primeira destinada a cumprir com a obrigação de contratação de um total de 8 GW em termelétricas previstas na lei nº 14.182, que permitiu a privatização da Eletrobrás.
O certame tinha como objetivo contratar 2 GW de termelétricas movidas a gás natural, sendo 1 GW no Norte, para início de suprimento em 31 de dezembro de 2026, e 1 GW no Maranhão e Piauí, para início de suprimento em 31 de dezembro de 2027.
Os contratos negociados nesta sexta-feira terão prazo de 15 anos. As usinas terão inflexibilidade anual (valor de geração mínima obrigatória) de 70%.