As eleições para reitor da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) ocorreram no último dia 12. O resultado vem sendo contestado tanto por chapas quanto por estudantes. Ontem (13), após longa reunião, os integrantes e apoiadores das chapas de oposição decidiram entrar com recurso junto à comissão eleitoral alegando os indícios de irregularidades no pleito.
O recurso faz solicitações junto ao Conselho Universitário para uma perícia no sistema de votações. Pede ainda que o resultado não seja homologado até que as solicitações de informações da base de dados do sistema de votação sejam atendidas. O recurso questiona a pouca informação fornecida pela Comissão Eleitoral para os votantes e à comunidade.
O caso pode ganhar grande repercussão nos próximos dias, já que os estudantes organizaram uma série de manifestações exigindo o cancelamento do pleito pelos indícios de fraude. A situação é de grande preocupação para a comunidade acadêmica devido ao coincidente eleitoral no estado e no país.
Caso comprovadas as acusações, o processo ficará passível de anulação e novas eleições serão solicitadas. Caso rejeitado, a oposição promete seguir com o processo nas instâncias judiciais. O documento deve ser respondido até hoje (14), pelo Conselho.
Eleições – As eleições para a reitoria da UEMA ocorreram em um ritmo rápido. Sem representantes estudantis, a Comissão Eleitoral foi formada e o anúncio de um novo sistema eletrônico de votação foi realizado.
Cinco chapas se inscreveram para o pleito, duas delas de oposição à atual gestão. As chapas tiveram poucos dias para realizar a campanha, durante um período de pouca atividade na universidade. A campanha teve início no dia 12 de agosto e as votações foram marcadas para o dia 12 de setembro.
Dias antes da votação, testes foram realizados com o novo sistema de votação on-line, através do SigUema (Sistema de gestão da universidade). Após dois testes desastrosos, as eleições foram realizadas mesmo com instabilidades no sistema.