Ibovespa hoje: o primeiro dia da última semana de junho marcou uma boa recuperação para o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
O Ibovespa terminou o pregão desta segunda-feira, 27, aos 100.763 pontos, com alta de 2,12%.
Com isso, o Ibovespa volta a superar os 100 mil pontos.
Era desde o dia 15 de junho que o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) não fechava acima desse patamar.
O volume financeiro do dia somou R$ 21,1 bilhões.
- Ibovespa: + 0,2,12%, aos 100.763 pontos
- Dólar: – 0,35%, aos R$ 5,23
Um feito ainda mais relevante se consideramos como as Bolsas de Valores nos Estados Unidos fecharam em queda nesta segunda.
No começo do pregão, as bolsas internacionais começaram em alta, mas acabaram o dia em território negativo.
- Dow Jones (Nova York): – 0,20%
- S&P 500 (Nova York): – 0,30%
- Nasdaq (Nova York): – 0,72%
A alta do Ibovespa nessa segunda foi impulsionada pelas ações atreladas as cotações de commodities.
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4), não por acaso, foram os principais destaques.
As ações da estatal petrolífera tiveram alta de 6,75% e 6,43%, respectivamente, após a aprovação do novo CEO da empresa, Caio Paes de Andrade, que também será membro do conselho de administração.
Além disso, a alta das cotações petrolíferas ajudou a impulsionar o papel da Petrobras.
Os contratos futuros do petróleo tipo Brent para agosto subiram 1,74%, chegando em US$ 115,09.
As novas sanções ocidentais contra a Rússia deverão levar a uma nova alta nos preços da commodity.
Os papéis da Vale valorizaram 4,6% graças à forte alta dos contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Singapura, que atingiram suas máximas.
A expectativa da volta em plena produtividade dos alto-fornos parados na China levou para uma forte alta dos preços da commodity.
Novo presidente da Petrobras (PETR3; PETR4) impulsiona resultado do Ibovespa
A aprovação do novo presidente da Petrobras pelo Comitê de Elegibilidade da estatal, por sete votos a favor e três contra, ajudou na alta do papel da empresa.
As ações da Petrobras, seja ordinárias que preferenciais, foram as melhores do pregão desta segunda.
Caio Paes de Andrade, secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, vai assumir o comando da estatal petrolífera no lugar de José Mauro Coelho, que renunciou após cerca de 60 dias no cargo.
Paes de Andrade declarou ao Comitê de Elegibilidade que não recebeu orientações do governo sobre eventuais mudanças da política de preços.
O novo CEO vai permanecer no cargo até 13 dia de abril de 2023.
No mesmo dia da mudança no comando da Petrobras, o Itaú BBA (ITUB4) retomou a cobertura da estatal petrolífera com recomendação de compra por “outperform”, ou seja, por um desempenho esperado acima da média do mercado.
Isso animou os investidores que compraram de forma intensa as ações da Petrobras.
Macroeconomia também pesou no pregão
O resultado positivo do Ibovespa também foi impulsionado pelas declarações do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto.
Em um evento em Lisboa, Campos Neto declarou como o pior momento da inflação já passou, e que o Brasil está perto de encerrar o ciclo de alta das taxas básicas de juro (Selic).
A Selic está atualmente em 13,25% ao ano, após a última elevação de 0,5 ponto percentual decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em sua última reunião.
Na ata que seguiu a reunião do Copom, os membros do Comitê salientaram como na próxima reunião, prevista para agosto, poderia ter nova alta de igual ou menor magnitude.
Destaques de ações
Além da Petrobras, outras ações do setor petrolífero também registraram fortes altas nesta segunda.
A 3R Petroleum (RRRP3) foi a terceira melhor do dia, com uma alta de 6,41%. Seguida pela PetroRio (PRIO3), que valorizou 5,78%.
As ações das petrolíferas seguiram a trajetória de alta dos preços internacionais do petróleo, retomando uma tendência de alta após ter perdido 29,9% e 23,1%, respectivamente, nos último mês até o pregão da sexta-feira, 24.
A Eneva (ENEV3) também registrou uma alta expressiva, de 5,78%, após precificar na última sexta-feira sua oferta de ações em R$ 14 por papel.
Com a operação, a Eneva levantou R$ 4,2 bilhões, e já adiantou que vai utilizar os recursos para comprar a Celsepar e a Cebarra.
Entre as piores do Ibovespa ficaram a Méliuz (CASH3), com queda de 5,56%, a IRB Brasil (IRBR3), que perdeu 5,35% e a Azul (AZUL4) que caiu 5,33%.
Fonte: Exame