Alimentação e bebidas tiveram o maior impacto no período; analistas de mercado esperavam uma alta de 0,55% no mês
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — que mede a inflação oficial do país –, foi de 0,54% em janeiro ante alta de 0,73% registrada no mês anterior. Alimentação e bebidas tiveram o maior impacto no período.
Apesar da desaceleração no índice, o valor foi o maior para o mês desde 2016, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).
Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Analistas de mercado esperavam uma alta de 0,55% no mês e de 10,39% em 12 meses.
O IPCA encerrou 2021 a 10,06%, maior valor em seis anos, e acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para aquele ano, de 5,25%. Para 2022, o teto da meta é de 5%.
Maiores impactos
A maior influência no resultado de janeiro foi do grupo alimentação e bebidas, com o maior impacto no índice, de 0,23 ponto percentual. Dentro desse grupo, pesou mais a alimentação no domicílio, com alta de 1,44%, levada por carnes (1,32%) e as frutas (3,40%).
O instituto destaca também os preços do café moído (4,75%), que subiram pelo 11º mês consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses. Outros destaques foram a cenoura (27,64%), a cebola (12,43%), a batata-inglesa (9,65%) e o tomate (6,21%).
Do lado das baixas, estão os preços do arroz (-2,66%), do frango inteiro (-0,85%) e do frango em pedaços (-0,71%).