As estruturas do Palácio dos Leões tem estremecido ao longo do ano, e o abalo que pode criar uma rachadura irreversível no pináculo principal foi a notícia sobre o marqueteiro Antônio Lavareda, que teria a missão impossível de elaborar a campanha do vice-governador Carlos Brandão na sucessão do comando do governo, porém o anúncio foi logo por água abaixo, e isso não é nem de longe um final feliz para a guerrilha que tem acontecido nas trincheiras da sede do governo maranhense.
Em maio, Marcos Brandão, irmão do vice-governador, que tem poderes absolutos dentro do gabinete da vice-governadoria para comandar a campanha de seu consanguíneo, arrancou a peso de ouro Sérgio Macedo da Secretaria de Comunicação de Imperatriz, e o alocou em um escritório de pré-campanha. Objetivo: construir maldades contra os adversários do tucano. Macedo é ex-secretário de comunicação do governo Roseana Sarney e ex-superintendente do Grupo Mirante.
O governador comunista/socialista Flávio Dino – PSB e seu fiel escudeiro Márcio Jerry – PCdoB ficaram completamente desolados com a decisão de seu parceiro de mandato, e tem todos os motivos para nutrir uma profunda mágoa de Macedo, pois nas eleições de 2014 o marqueteiro usou de táticas de baixíssimo nível para atacá-lo durante a campanha. Quem não gostou nada dessa ideia também foi o ex-prefeito de São José de Ribamar Luís Fernando Silva.
Na tentativa de contornar a situação e ter de volta o controle do seu grupo, Dino nomeou Ricardo Capelli para cuidar da Comunicação do governo. Cappelli que é um dos quadros mais antigos do Partido Comunista do Brasil – PCdoB, foi presidente da União Nacional dos Estudantes – UNE, a entidade de representação máxima do estudantes universitários do Brasil, e seu alinhamento com os comunistas é tão forte que foi responsável por trazer o próprio Fidel Castro, ex-ditador de Cuba em 1999, para o congresso da UNE na cidade de Belo Horizonte – MG. Dino fez um acordo com Brandão para que garantisse que Capelli continuasse no cargo, mesmo depois que o vice assumisse seu lugar.
Porém houve um grande estranhamento entre Ricardo Capelli e Sérgio Macedo, para reverter e chegar ao denominador comum, criaram a estratégia de contratar Antônio Lavareda, que tem em seu currículo campanhas feitas para Tucanos e para o grupo Sarney.
Porém, a ducha de água fria veio com uma nota do próprio Lavareda à imprensa, onde o mesmo disse: “não conheço sequer o candidato.
Agora com as coisas mais conturbadas do que nunca, e sem um marketing alinhado que defina de fato os rumos da campanha de Carlos Brandão para 2022, o que resta é a continua guerrilha interna entre aqueles que querem comandar todo o processo – Ricardo Capelli, Sérgio Macedo, Marcos Brandão e o grupo de Luiz Fernando.
Quem fica de escanteio nessa história é Carlos Brandão, e sem qualquer possiblidade de ter alguma pareia com os outros pré-candidatos ao governo do estado.