A situação do Partido dos Trabalhadores – PT no Maranhão tem tido vários imbróglios nos últimos dois anos, desde o Processo de Eleição Direta – PED para escolha da nova diretoria em 2019. Após toda a confusão para decidir quem seria o presidente da legenda no estado, a cúpula nacional da legenda decidiu dividir o mandato de 4 anos entre Augusto Lobato e Francimar Melo (atual vice-presidente), sendo que os primeiros 2 anos ficariam a cargo de Augusto e os outros 2 anos com Francimar.
Porém, ficou acordado que Augusto só deixaria a presidência do partido em março do ano que vem, que seria um mês antes do vice-governador Carlos Brandão – PSDB assumir a cadeira de governador do Palácio dos Leões após a saída de Flávio Dino – PSB para se candidatar ao senado.
Essa conjectura tornaria a vida de Lobato e dos petistas do seu grupo mais fácil para se fixarem ainda mais no governo comunista herdado por Brandão.
Mas, a ideia da aproximação de Lobato e o apoio irrestrito que ele tem dado ao peessedebista na disputa à sucessão de Flávio Dino para concorrer ao governo, deixou a direção nacional irritada com a ideia do PT em apoiar um tucano no Maranhão.
Por conta dessa servidão incondicional de Lobato a Brandão, o diretório nacional decidiu destituir Augusto Lobato do comando estadual do partido antes da data prevista, e logo na virada para 2022, vai se tornar vice-presidente, passando a faixa para Francimar Melo, que é ligado ao ex-vice-governador Washington Luiz (Conselheiro do TCE), e que apesar de não poder ser mais filiado ao PT por conta do seu cargo público, ainda é figura influente dentro das trincheiras petistas.
Agora os caminhos estão abertos para o senador Weverton Rocha – PDT, que é o pré-candidato com a maior intenção de votos em todas as pesquisas e tem a predileção do ex-presidente Lula da Silva – PT para ser seu candidato no Maranhão e fazer seu palanque político no estado.