Manifestações de protesto contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocorrem neste sábado (2) em diversas cidades brasileiras. No Rio de Janeiro, os manifestantes começaram a se concentrar na Candelária, região central da capital, por volta das 10h.
Cerca de 30 minutos depois, os manifestantes começaram a caminhar pela avenida Presidente Vargas em direção à Cinelândia. Perto das 12 horas, parte do grupo já se reunia na Cinelândia, onde há um palco montado. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) participa do ato nesta manhã.
Os atos de hoje contam com a adesão de mais de 20 legendas partidárias. Segundo os organizadores, há eventos confirmados em 251 cidades brasileiras e em 16 países.
Em Salvador, os manifestantes caminham da praça do Campo Grande em direção à praça Castro Alves, onde devem se concentrar no início desta tarde. Já em Fortaleza, a concentração começou por volta das 8h. Perto das 11h, os manifestantes saíram em caminhada da praça da Bandeira, onde se concentravam, até a praça do Ferreira, na região central da capital.
No Recife, os manifestantes se reuniram na praça do DerPor no início da manhã e caminham em direção ao Pátio do Carmo. Vias da região central foram bloqueadas para o trânsito de veículos. Os manifestantes se posicionam contra a reforma Administrativa, pedem vacinas, protestam contra a fome e pelo impeachment de Bolsonaro.
As principais lideranças políticas, além de artistas, devem se concentrar na Avenida Paulista, região central de São Paulo, a partir das 13h (horário de Brasília). A abertura da manifestação na capital paulista será feita por líderes de diversas religiões.
Candidato do PT em 2018, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, assim como o presidenciável Luiz Henrique Mandetta (DEM), confirmaram presença na Paulista. Também provável candidato em 2022, Ciro Gomes (PDT) anunciou que estará nos atos em São Paulo e no Rio de Janeiro. O governador de São Paulo, João Doria, não comparecerá por estar em campanha das prévias do PSDB, em Minas Gerais.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), outro político que pode entrar na disputa pela Presidência, também estava confirmado, mas por meio de suas redes sociais avisou que não poderá participar. “Não poderei participar das manifestações de hoje, mas a defesa do impeachment de Bolsonaro é absolutamente necessária. É o destino dos presidentes que cometem crimes”, escreveu.
Não há previsão de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareça nos atos de São Paulo. No entanto, ele tem sido pressionado pelas centrais sindicais a participar ao menos por vídeo. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, anunciou que estará presente.
Há ainda a previsão de que parlamentares participem por meio de vídeos que serão exibidos próximo ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). A senadora Simone Tebet (MDB), o senador José Anibal (PSDB), os deputados Junior Bozzella (PSL) e Fabio Tradi (PSD) e o fundador do Novo, João Amoedo, devem falar por vídeo.
Os protestos de hoje foram organizados em conjunto pela campanha Fora Bolsonaro (que promoveu os atos anteriores e reúne centrais sindicais, movimentos populares e partidos de esquerda), pela entidade civil Fórum pela Democracia Direitos Já! e por lideranças dos nove partidos que assinaram pedidos de impeachment do presidente (PSOL, PCdoB, PT, PDT, PSD, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade).
Em 12 de setembro, atos convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelos grupos Vem Pra Rua e Livres aconteceram em 18 capitais e no Distrito Federal, mas tiveram baixa adesão.
As manifestações também contaram com apoio de políticos da direita, do centro e de esquerda. O PT e outras legendas de esquerda não participaram e já se articulavam para os atos deste sábado. Doria, Ciro, Mandetta e Amoêdo participaram dos atos no último dia 12 na Paulista.
Fonte: CNN