O vice-governador Carlos Brandão – PSDB acabou se tornando o seu maior inimigo. Resolveu adotar estratégias que só prejudicaram a si mesmo. Primeiro perdeu as eleições de São Luís tentando mostrar um força política que nunca teve. Com o ego ferido, tentou outra articulação frustrada, eleger Fábio Gentil à presidência da FAMEM, mas falhou miseravelmente perdendo para Erlanio Xavier que era apoiado pelo senador Weverton Rocha, seu principal adversário ao governo do estado, e encerrando a trilogia de dissabores, perdendo também na disputa pela presidência da Câmara Municipal de São Luís novamente para o PDT, que reelegeu Osmar Filho. Se derrotas políticas fossem critério, já poderia pedir música no programa Fantástico na Globo.
Agora a nova empreitada que decidiu iniciar é se meter em outra eleição que não lhe cabe, e pelo histórico de fracassos, deve sofrer novamente uma derrota. A problemática é que sem um know-how para sustar suas brincadeiras de adolescente, implica grandes consequências, já que está às vésperas de assumir o comando do Palácio.
Brandão agora resolveu ser padrinho da candidatura do vereador comunista Paulo Victor – PCdoB, ao comando da casa do legislativo municipal, que nos últimos meses tenta exibir corriqueiramente que possa ter influência. Paulo Vítor chegou a bravatear que em reunião com Brandão teriam 13 vereadores, porém só 9 deles estavam vinculados de fato ao projeto dos dois.
Blogueiros palacianos chegaram a anunciar a dita reunião, porém Beto Castro – Avante e Marcial Lima – Podemos (mesma legenda do prefeito Eduardo Braide) que não estão alinhados com os tucanos-comunistas não foram a reunião, e o mais surpreendente que nem mesmo Fátima Araújo – PCdoB, correligionária de Paulo Vitor compareceu ao encontro.
Com presença anunciada na mídia alinhada ao Palácio dos Leões, o vereador Beto castro não compareceu; já os vereadores Marcial Lima (Podemos) e Fátima Araújo (PCdoB) não estão fechados com o projeto de Paulo Victor.
Carlos Brandão escolheu caminhos tortuosos para traçar, sem habilidade de liderança ou de aglutinação ao seu entorno, e para seu projeto político (que a essa altura do campeonato não sabemos nem ao menos se existe algum), vai ter muitas dificuldades em se atrelar com os interesses de Paulo Vitor, já que a eleição para presidência da Câmara ocorre na mesma época em que Brandão assumirá o governo, em abril de 2022. Com a iminente derrota, o tucano acabará engaiolado debaixo de martelo e foice por Flávio Dino.