A Comunidade do Cajueiro localiza-se na área rural da capital maranhense, São Luís. Cerca de 200 famílias que lá vivem são pescadores artesanais e extrativistas (de moluscos e crustáceos do mangue). Vivem há algum tempo sob constante ameaça de remoção por conta da expansão do Complexo Portuário do Itaqui.
Em conversa com os líderes da associação de moradores da comunidade, o Srº Francisco Moreira e Srª Eunice Moreira, que vem fazendo um excelente trabalho nos últimos anos, de tentar integrar a comunidade nas questões sociais, levar aos moradores os benefícios e unificar as lutas da comunidade, para que tragam melhorias.
Algumas das demandas da comunidade passam por creche/escola, Unidade Básica de Saúde, transporte público e urbanização através de asfaltamento de ruas. Essas melhorias vão trazer avanços para todos os produtores, sejam eles pescadores, agricultores ou extrativistas, haja vista que a acessibilidade aos direitos básicos, trará qualidade de vida e ajudará na economia local e no escoamento da produção dos seus trabalhos.
Outro ponto importante a se destacar é o potencial turístico da região. Um local ótimo para ver o por do sol, e existe um bar onde você pode consumir bebidas e comidas típicas, o qual um dos pratos mais pedido é o Camarão-Piticáia. Outro diferencial é o mar de ondas calmas, por conta de se localizar em um lado da baía que não é atingindo diretamente pelo mar aberto, sendo ideal para quem curte tranquilidade e passear em família.
Transformar a comunidade do Cajueiro em uma unidade de ecoturismo é um componente importante para promover a sustentabilidade e conservação da natureza. Porém, em São Luís, ainda é muito baixa a atenção dada pelos governos e pelas políticas de meio ambiente a essa vertente do turismo, que é menos impactante que o turismo de massa.
A responsabilidade social das empresas vem sendo questionada e impõe novos desafios gerenciais aos negócios, trazendo a emergência de medidas de enfrentamento para os problemas sociais, pois já não é mais possível conviver com o paradoxo de importantes inovações tecnológicas de um lado, e a degradação da vida humana do outro.
“Não somos contra a criação do novo Porto São Luís, e acreditamos que o desenvolvimento tem que vir para nossa cidade e aumentar a economia do nosso estado. Porém, nossa esperança é que haja responsabilidade social, e que melhorias sejam implantadas nas comunidades ao redor dos empreendimentos, e principalmente, que a natureza seja preservada para que a gente possa continuar a viver dela”, afirma Srº Francisco.
A responsabilidade social das empresas na região do Porto do Itaqui ainda é um desafio, uma vez que as ações de filantropia não têm contribuído efetivamente para a melhoria das condições de vida da sociedade e para a transformação da realidade social vigente.
Que cada um esteja envolvido neste contexto, pois o momento é propício para avaliarmos as oportunidades de mudanças, o como devemos nos preparar para fazermos gestão da própria vida, mudarmos hábitos, pensamentos, posturas e enfrentarmos o futuro.
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