A situação do governador comunista/socialista Flávio Dino (PSB) anda cada vez mais periclitante, tanto com seus aliados quanto com a oposição, e tudo por conta do imbróglio que se criou entorno das especulações de quem seria o escolhido para ser seu sucessor.
Primeiro porque ele perdeu o controle após Weverton Rocha se antecipar a todo o grupo governista, lançando sua pré-candidatura à corrida eleitoral no começo do mês de agosto em Imperatriz, o qual surpreendeu até mesmo os mais incrédulos com todo o apoio e adesão que conquistou, mostrando a sua força e articulação política. Seu segundo evento também teve um grande porte, o que chamou a atenção da mídia e da classe política que vem aderindo e começa a integrar o projeto do senador.
O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) tem a promessa direta de Flávio Dino desde o começo do primeiro mandato, de que seria o seu candidato ao governo, porém parece que o governador não confia no sucesso de Brandão, pois se fosse honrar seu compromisso, já teria batido o martelo publicamente, e falado que o seu candidato era mesmo Brandão. Isso ficou mais evidente com a visita do ex-presidente Lula da Silva (PT) ao Maranhão, que em reunião, mostrou sua posição contrária e deixou transparente que não vai se juntar a esse comboio de se coligar com os tucanos.
Uma outra tentativa de Dino em criar um grande consórcio de candidatos ao governo aos moldes das últimas eleições municipais, incentivou o ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PSD) a se candidatar ao Palácio, porém o deputado federal Edilázio Júnior, presidente do PSD, por sua ligação mais próxima, fez com que Holanda Jr. se negasse, bagunçando a tentativa de cooptação por parte de Dino.
E por fim e não menos importante, tem a questão dúbia dentro do Partido dos Trabalhadores. Hoje, o nome mais forte dentro do PT é do secretário estadual Felipe Camarão, que poderia trazer o apoio de Lula, porém nas bases da legenda existe um racha entre suas correntes, segundo informações de membros filiados à legenda, é que José Dirceu planeja que o deputado Zé Inácio seja o candidato do partido ao governo por ser um quadro orgânico, ou seja, ele é de fato do PT, e não alguém que “está” no PT, toda via Camarão tem se destacado, tanto nas pesquisas quanto nas caravanas pelo interior do estado e seu bom trabalho chefiando a pasta da educação. Convencer a direção petista para que seu secretário seja candidato em contra ponto ao deputado, vai ser um dos maiores trabalhos de Dino.
Uma coisa não resta dúvida, Flávio Dino está mais perdido do que nunca, e sua postura de “durão” não deve resistir por muito tempo à ânsia de sua base, que tem aumentado a artilharia pra saber qual será o fim dessa novela até o final do ano…