Governador estimula uma disputa entre o vice-governador e o senador, mas faz testes com seus secretários, dando a entender que pode tentar impor uma solução de consenso na base.
O governador Flávio Dino (agora no PSB) está literalmente ensaboando o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT) na disputa pelo Governo do Estado em 2022.
Mesmo com a intensa disputa entre os dois aliados – desde 2018 – Dino nunca se manifestou oficialmente nem por um nem por outro; ao invés disso, estimula surgimento de outros nomes na base, como se quisesse uma solução pessoal.
No fim de semana, circularam em blogs alinhados ao Palácio dos Leões “listas de apoio” e manifestações de defesa das candidaturas dos secretários de Saúde, Carlos Lula (PCdoB), e de Educação, Felipe Camarão (PT).
Curiosamente, esses “apoios” partem de gente ligada ao próprio Flávio Dino, o que mostra o interesse do próprio Palácio dos Leões numa terceira via entre Weverton e Brandão.
O governador já testou o nome de Márico Jerry em pesquisas (com resultado pífio), estimulou lançamento da candidatura do secretário de Indústria e Comércio Simplício Araújo (com retorno insignificante, até em sua própria região) e agora cria histórias em torno de Carlos Lula e do super secretário Felipe Camarão!
O problema é que, de tanto testar, Flávio Dino pode acabar perdendo as bases já construídas, tanto por Brandão, quanto por Weverton, que apoiam sua candidatura ao Senado.
E pode acabar tendo um deles (ou os dois), contra seu projeto pessoal em 2022.
Em tempos: O que leva ao editor deste blog a acreditar que o ‘neossocialista’ anda perdido em devaneios e já espalha por todos os cantos, se auto afirmando senador, surfando na onda da Covid-19, esquecendo de se articular com sua base, e principalmente de combinar com o eleitor seus anseios para um novo cargo politico.