Medida garante maior controle e contribui para reduzir fluxo de aglomerações
A Câmara Municipal de São Luís (CMSL), por meio da Diretoria de Comunicação (DireCom), está realizando um levantamento sobre o número de profissionais da imprensa que atuam no setor. O objetivo é verificar quantas doses da vacina serão necessárias para imunizar os operários da comunicação que trabalham na Casa.
O anúncio da inclusão dos jornalistas no grupo prioritário de vacinação do Estado foi feito na última sexta-feira, dia 28, pelo governador Flávio Dino.
Para garantir maior controle dos profissionais que serão imunizados e contribuir para reduzir o fluxo de aglomerações, o legislativo ludovicense resolveu buscar maiores informações sobre logística para vacinação dos servidores que atuam na Casa e iniciou a listagem dos colaboradores para envio da relação dos trabalhadores à Secretaria de Estado de Comunicação (SECOM-MA), que receberá as informações e encaminhará para a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MA).
O jornalista Marco Aurélio D’Eça, diretor de Comunicação da Câmara, explica a importância dessa medida e afirma que a vacinação – exclusiva aos profissionais de imprensa da Casa – será uma garantia para que todos possam trabalhar com o mínimo de segurança contra a Covid-19.
“Estamos fazendo a listagem dos profissionais (que precisam estar lotados na Casa, na DireCom ou nos gabinetes), com matrícula ou contracheque. O grande efeito dessa medida é a garantia para todos nós, operários da Comunicação, de trabalhar com o mínimo de segurança contra a Covid”, destacou.
O que é preciso?
Para se vacinar, os profissionais de imprensa [incluindo os assessores de imprensa dos vereadores] que atuam na Câmara de São Luís, precisam apresentar documento de identificação com foto, cartão do SUS, comprovante de residência, carteira de vacinação e último contra-cheque ou registro profissional (DRT).
Unidos pela informação
Foi em dezembro de 2019 que as notícias sobre a Covid-19 começaram a ganhar destaque nos noticiários. O Brasil teve seu primeiro caso do novo coronavírus anunciado pelo Ministério da Saúde em 26 de fevereiro de 2020. Mais de um ano depois do primeiro diagnóstico da doença no país, a demanda por informação tem sido constante.
Para atender a essa necessidade, a produção de conteúdo jornalístico precisou se adaptar para informar de modo eficiente sobre um tema até então desconhecido. Equipes de rádio, de impresso, site e TV trabalham sob nova rotina para registrar o avanço do vírus, as decisões das autoridades e o trabalho incansável de cientistas e profissionais da saúde.
Além disso, a busca por informações precisas, o combate às fake news e a adaptação às mudanças no dia-a-dia de atuação, demonstram algumas das contribuições da imprensa para a sociedade durante a crise sanitária.
Estatística fatal
Mais de uma morte de jornalista por dia. Como se já não bastasse a América Latina ser uma das regiões mais perigosas e violentas para o exercício do jornalismo, ela agora é a que registra mais casos de mortes de profissionais de imprensa pela COVID-19, segundo dados da Press Emblem Campaign (PEC).
A organização sem fins lucrativos, sediada na Suíça, contabiliza até 16 de março 908 mortes de jornalistas pela COVID-19, em 70 países. Destas, 505 ocorreram em 18 países da América Latina. Ou seja, 55% do total. Desde o registro da primeira morte, a região tem uma média diária de 1,44 morte de jornalista. Só nas últimas duas semanas, foram somadas 21 mortes.
No Brasil, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), publicou em janeiro um dossiê detalhando as mortes de jornalistas pela COVID-19 no país. Apesar de já defasados, os dados indicaram um aceleramento do número de casos recentemente.
No levantamento da Fenaj, 25% das mortes haviam ocorrido apenas no mês de janeiro de 2021. Com o agravamento da situação sanitária no Brasil, a tendência é piorar. No Maranhão, de acordo com a entidade, quatro jornalistas morreram em decorrência da covid-19.