O jornalista Ricardo Cappelli é o novo secretário de Comunicação do governo Flávio Dino, segundo sites nacionais.
Ricardo Garcia Capelli nasceu no Rio de Janeiro em 11 de fevereiro de 1972, filho de Renato Bastos Capelli e Cenilza Garcia Capelli. Começou a militar no movimento estudantil quando cursou processamento de dados da Universidade Estácio de Sá, engajando-se na luta pela redução do valor das mensalidades e pela permanência do inadimplente na universidade.
Em 1994, foi eleito presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Estácio, e juntamente com a União Nacional dos Estudantes (UNE), conseguiu o apoio do presidente da República, Itamar Franco, que assinou uma medida provisória determinando que, durante o semestre, o estudante inadimplente não poderia sofrer nenhum tipo de sanção, o qual foi um marco histórico na época.
Ao ser reeleito em 1995, não pôde terminar o mandato, pois em seguida foi eleito presidente da União Estadual de Estudantes (UEE) do Rio de Janeiro. Também foi eleito coordenador-geral da UEE, cargo que exerceu até 1996. Ainda em 1995 ajudou a organizar o Conselho Estadual de Entidades de Base, reunindo cerca de 140 centros acadêmicos, e filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PC do B).
Em julho de 1997, foi eleito presidente da UNE no 45º Congresso Nacional da entidade, realizado em Belo Horizonte, onde foi aprovado que a participação de mulheres na UNE deveria ser de 20%.
Em sua gestão, que foi entre 1998 a 1999, participou ativamente de greves das universidades públicas, promovendo manifestações e assembleias em todo o país, organizou diversas manifestações contra o “provão”, exame estabelecido pelo Ministério de Educação, organizou o Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb), na cidade de Viçosa (MG), em fevereiro de 1999, criou a Bienal de Arte e Cultura da UNE, que teve sua primeira edição em Salvador, e em julho de 1999, transferiu a presidência da UNE a Wadson Ribeiro, eleito no 46º Congresso da entidade, que ficou famoso pela participação do presidente cubano Fidel Castro.
Com toda essa bagagem, foi ser assessor no gabinete do vereador Fernando Gusmão, no Rio de Janeiro, e de 2000 a 2002, trabalhou na Coordenadoria de Políticas Públicas para a Juventude do governo do estado. Em 2002, foi candidato a deputado estadual na legenda do PCdoB, mas não foi eleito. De 2003 a 2006 trabalhou no Ministério do Esporte, dirigindo o Departamento de Esportes Universitários, tempo em que também foi nomeado secretário de Desenvolvimento da prefeitura de Nova Iguaçu, cargo que exerceu até 2008.
Também se candidatou a vereador no Rio de Janeiro, mas não conseguiu se eleger. Ainda em 2008 tornou-se diretor de programas da secretaria executiva do Ministério do Esporte.
Desde 2015, Cappelli integrava a equipe de Dino. A migração para a Comunicação mostra que o governador busca trazer quadros políticos do PCdoB para atuar mais perto da gestão estadual.
Em tempos: O blog Ilha Rebelde deseja sorte a Ricardo Capelli nesta nova jornada política, em nossa também “Ilha Rebelde”.