Antes mesmo do fim dos pagamentos do auxílio emergencial em dezembro de 2020, movimentos começaram a surgir defendendo uma prorrogação do benefício para o inicio de 2021. Mesmo com o governo do presidente Bolsonaro alegando que prorrogar o auxílio emergencial seria loucura tendo em vista que Segundo o Ministério da Cidadania, foram gastos cerca de R$ 300 bilhões para pagar o auxílio e que cerca de 70 milhões de pessoas receberam pelo menos um pagamento.
Diversos movimentos pedem uma nova prorrogação, seja ela no valor de R$ 300, R$ 600, bem como uma prorrogação por três ou seis meses. Porém já se tornou consenso por grande parte destes movimentos que uma possível nova prorrogação do benefício não poderá ser realizada nos moldes como aconteceu em 2020.
Contudo ainda é possível que um novo formato de pagamentos, com volume menor onde o foco em parcelas com valores mais baixos além de períodos curtos possam de fato vir a se tornar realidade.
Economia do país
No ano de 2020 devido aos programas emergenciais a economia do país teve uma melhor significativa dos indicadores, contudo, sem qualquer tipo de benefício, não se sabe como a economia no país vai reagir, o que gera um cenário cheio de incertezas para o brasileiro.
De acordo com o estudo realizado pela Tendências Consultoria, existe a previsão de que com o encerramento dos pagamentos do auxílio emergencial a renda dos nordestinos possa cair 8% este ano, perdendo apenas para o Norte que poderá ter uma retração de 8,5% na economia.
Projeto de Lei
Diante desse cenário ainda podemos contar com o Projeto de Lei 5495/20 de autoria dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Esperidião Amin (PP-SC).
O Projeto de Lei 5495/20 pretende prorrogar os pagamentos do auxílio emergencial até o dia 31 de março de 2021.
“É a única ação eficaz adotada para proteger a renda dos trabalhadores, que garante a segurança alimentar das famílias e gera impactos positivos na atividade econômica”, defendeu o senador.
Pontos de atenção
Paulo Guedes, em declaração no ano passado já havia informado que uma nova prorrogação do auxílio emergencial não é o objetivo do governo, contudo, caso ocorra uma segunda onda da pandemia, não teria como fugir de uma eventual prorrogação.
Além disso, conforme apontado pelo Diário do Nordeste está havendo uma grande piora nos casos da pandemia segundo o portal “no último trimestre de 2020, houve uma explosão de casos da doença, fenômeno que já se arrasta para 2021, o que justificaria uma nova rodada de pagamentos do benefício.”
Além disso o atraso na liberação da vacina bem como a pressão por parte do Congresso que pede uma prorrogação do auxílio emergencial pode significar uma nova sobrevida ao benefício.
Fonte: Rede Jornal Contábil