Na Grécia antiga havia um mito que bem representava a figura do “espelho”: Narciso, filho de Cefiso (deus do rio) com a ninfa Liríope.
Narciso era dono de grande beleza, mas também de enorme arrogância, pois achava que ninguém merecia seu amor. Morreu tentando ter para si a imagem que ele se apaixonou, a sua própria imagem refletida nas águas de uma fonte.
Daí surgiu o termo “narcisismo” que representa vaidade e insensibilidade. Serve, também, para representar o quão dramática é a individualidade, e como é profundo tomar consciência de si mesmo.
Trazendo essa análise para o ambiente profissional, espelhos podem ser os feedbacks espontâneos ou provocados, ou seja, algumas pessoas nos dizem coisas que, mesmo não concordando, deveríamos ponderar.
Sabe aquele momento em que você passa em frente a um espelho e percebe que o cabelo está desarrumado ou o cinto fora do lugar, ou ainda a maquiagem borrada? Com certeza você corrige isso no mesmo instante!
Pode ser da mesma forma em relação a feedbacks, você pode “passar em frente a um espelho” ou pedir esse “espelho” espontaneamente. Pode pedir feedback a um colega de trabalho, a um amigo, um familiar… Pode até vir a ser uma experiência dolorosa, mas com grande possiblidade de crescimento.
Para isso servem “os espelhos”.
Não buscar oportunidades para crescer, evoluir, corrigir rotas, refinar, ou ainda mudar posturas e atitudes é decretar sua própria prisão no tempo.
Abrir mão desse processo é permanecer preso a uma imagem que só existe na sua mente, permeada de vaidades, insensibilidades e individualismo.
Não buscar oportunidades para crescer, evoluir, corrigir rotas, refinar, ou ainda mudar posturas e atitudes é decretar sua própria prisão no tempo.
Você tem se permitido ouvir outras pessoas ou reage de maneira ríspida ou indiferente que ninguém se aproxima para dar feedback sobre sua postura profissional?
Por Lula Filho